Para João Sanches, CEO da Trinity, o antídoto seria a ampliação do uso de energias renováveis solar e eólica em substituição à fonte hidrelétrica.

A operação financeira conhecida como Conta Escassez Hídrica será positiva para as distribuidoras  de energia segundo a Ficht Ratings em avaliação feita em maio desse ano, logo após a oficialização do empréstimo pela Aneel. Mas, infelizmente quem pagará a conta será o consumidor.

A avaliação é de João Sanches, CEO da Trinity Energia. Ele lembra que o pagamento começa no ano que vem e se estende até 2027 em 54 parcelas. A operação repete o mecanismo da Conta Covid, realizada em 2020, e poderá acontecer outras vezes na avaliação do executivo. Para ele, o antídoto seria a ampliação do uso de energias renováveis solar e eólica em substituição à fonte hidrelétrica.

“A diversifi cação reduziria os riscos, pois a Conta Escassez Hídrica foi estruturada como empréstimo às distribuidoras para compensar os prejuízos delas no período”, explica o CEO da Trinity. Sanches lembra que embora seja renovável, a fonte hidrelétrica depende da disponibilidade dos reservatórios, os quais foram severamente afetados no ano passado.

Na verdade, o país enfrentou a pior seca dos últimos 80 anos e levou ao acionamento das termelétricas. A ação amplificou os custos somados na Conta Escassez Hídrica e que começam a ser contrabalançados com o empréstimo modelado pela Aneel, em conjunto com os ministérios da Economia e de Minas e Energia.

A modelagem do empréstimo envolve ainda a CCEE, que administra o processo de empréstimo de R$10,5 bilhões, que serão repassados às distribuidoras em duas parcelas, ao custo total de CDI(Certificados de Depósitos Interbancários) mais 2,80% ao ano. Sanches explica que a primeira parcela de R$ 5,3 bilhões cobriria a maior parte dos prejuízos das distribuidoras. Já a segunda parcela, estimada em R$ 5,2 bilhões, será paga de acordo com a análise da Aneel. De qualquer forma, o pagamento dos valores vai ser feito pelo consumidor.

“É importante ressaltar que a parcela do Tusd da Conta de Escassez Hídrica será cobrada de todos os consumidores: cativos, livres ou em processo de migração”, explica Sanches. “Em virtude do cenário atual, os novos contratos Cusd cativo e livre já estão sendo elaborados com a inclusão da cláusula da incidência dos encargos da Conta de Escassez Hídrica”, completa. Segundo ele, a aceitação da migração para o ACL e a adesão à CCEE estão condicionados à aceitação do pagamento.

Com usinas solares instaladas em Minas Gerais – Sul do estado e entorno de Belo Horizonte – e Rio de Janeiro – entorno da capital e região de Seropédica e Itaguaí –, a Trinity deve fechar esse ano com investimentos de R$ 120 milhões em geração renovável. Sanches destaca ainda que os projetos da empresa não serão afetados pelo gap entre a construção das usinas – em média seis meses – e a ativação de infraestrutura de transmissão. Isso acontece porque as regiões de instalação já possuem redes de transmissão disponíveis.

Com uma equipe de dez engenheiros focados na ativação das plantas, a Trinity deve repetir os investimentos de R$ 120 milhões em usinas solares no Brasil em 2023.

Fonte: https://energiahoje.editorabrasilenergia.com.br/consumidores-vao-pagar-conta-escassez-hidrica-ate-2027/

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